Waltel Branco (Paranaguá / PR, 22 de novembro (dia do músico) de 1929) é maestro, compositor e arranjador brasileiro.
Biografia
De uma família em que a música fazia parte, iniciou-se nesta arte já muito cedo, por meio da bateria, do violão e posteriormente do cavaquinho e violoncelo, vindo ainda a estudar harpa e órgão. Sua infância e adolecência foi marcada pelo estudoda música e religião alternando entre as cidades de Curitiba e Rio de Janeiro. Seus estudos musicais se consolidaram no período em que esteve no seminário com o chileno Joquín Zamacois. Entre seus mestres da época, nomes como Bento Mussurunga, Padre Penalva, Jorge Koshag, Stanley Wilson e Alceo Bocchino contribuiram para sua formação.
[editar] Inicio da carreira
Em Curitiba formou uma jazz band junto com seu irmão Ismael Branco [basteria] e com a então revelação Gebran Sabag [piano], em 1949 rumou para o Rio de Janeiro e em seguida para Cuba ainda na juventude juntamente com a cantora Lia Ray para ser o arranjador, diretor musical e violonista do conjunto que formaram. Neste país, teve a oportunidade de tocar com Perez Prado, Mongo Santamaria e Chico O’Farrel ajudando a criar a mistura de jazz, música cubana e brasileria que veio a alterar a Salsa e posteriormente influênciar o Jazz-fusion do qual Waltel é considerado um dos precurssores.
Já nos Estados Unidos por volta de 1952/53 integrou o trio do baterista Chico Hamilton, voltando ao Brasil teve importância fundamental na formatação da Bossa Nova morando em uma pensão junto com João Gilberto, com quem desempenhou longa parceria sendo arranjador e amigo desde então. Depois de pequenas passagens pela Europa e Asia Waltel decide estudar música e trilha sonôra, rumando novamente aos Estados Unidos onde teve contato com a música incidental do maestro Instanley Wilston e com o violonista Sal Salvador que por sua vez tocava com Nat King Cole, com quem Waltel veio a formar um trio além de produzir um disco para o irmão Fred Cole e para a filha Natalie Cole. Mais tarde conheceu a cantora Peggy Lee (casada com o maestro Quincy Jones) e sua irmã Lede Saint-Clair Branco com quem veio a se casar. Com a carreira agitada pelo jazz e pela música erudita em meio a grandes nomes acabou por conhecer o maestro Henry Mancini, com quem veio a trabalhar. Ainda com Mancini, participou de uma das mais conhecidas trilhas sonoras, sendo o arranjador da universal "Pantera cor de rosa". Ainda nos Estados Unidos trabalhou e gravou com Franco Rosolino, Charles Mariano, Sam Noto, Dizzy Gillespie, Mel Lewis e Max Bennet.
Foi em 1963, longe de casa, que o maestro veio a se encontrar com o empresário Roberto Marinho que reconhecendo seu talento o chamou para a então jovem Rede Globo onde viria a compor um time selecto de musicos da emissora junto a Radamés Gnatalli, Guerra Peixe e Guido de Moraes.
Voltando ao Brasil
Novamente no Brasil, agora no Rio de Janeiro, gravou os discos "Guitarra em Chamas" 1 e 2 juntamente com o violonista Baden Powell e, tendo contato com a então inovadora bossa nova fez os arranjos de "Chega de Saudade" de João Gilberto, com quem veio a trabalhar por um longo período. Na Rede Globo foi responsável pelas trilhas de inúmeras novelas entre as quais: “Irmãos Coragem”, "Selva de Pedra", “Escalada”, "Vila Sésamo", "Sítio do pica-pau amarelo", “O Bravo”, “A Moreninha”, “O Feijão e o Sonho”, “Vejo a Lua no Céu”, além dos especiais “O Tempo e o Vento”, “Morte e Vida Severina” e “Grande Sertão Veredas”, entre outras.
Do Brasil para o Mundo
Morando na Espanha acabou por vencer um concurso da Rádio Difusora Francesa e veio a estudar violão com Andrés Segovia, um dos maiores violonistas do mundo. Em Roma esteve com Chico Buarque, Elis Regina, João Gilberto e diversos outros músicos brasileiros e estrangeiros. Chegou até mesmo à India, onde lecionou música ao lado de maestros renomados. Em Cuba, o governante Fidel Castro solicitou ao maestro Quem Brower que recuperasse a autenticidade da música cubana, e para tanto, Waltel foi chamado. Viajou boa parte da Europa e, aliás, boa parte do mundo. Música e mais música
O maestro não parou mais de trabalhar, com inumeras trilhas, mais de 5000 composições (ao longo da carreira), incontáveis arranjos e participações, além de espetáculos e shows que até hoje realiza em todo o Brasil e exterior.
Waltel Branco tocou com Dorival Caymmi, Nana Caymmi, João Gilberto, fez arranjos para Roberto Carlos, Cazuza, Tim Maia, Djavan, Cartola, Gal Costa,Maria Creuza, Vanuza, Mercedes Sosa, Astor Piazzola, Zé Keti, Peri Ribeiro, Sérgio Ricardo, Tom Jobim e muitos outros, chegando até a fazer um arranjo do Hino Nacional Brasileiro para a Orquestra de Viena executar. Seria dificil encontrar músico brasileiro (e mesmo estrangeiro) com quem Waltel não tenha trabalhado.
O Maestro
Atualmente, gozando de sua aposentadoria após mais de 20 anos dedicados a Rede Globo, Waltel reside em Curitiba / PR e dedica-se ainda a muitas atividades, não sendo raros seus concertos em teatros de todo o Brasil e eventualmente do exterior. Ainda compondo e fazendo arranjos, o maestro que em 1991 lecionou na Universidade Livre de Música em São Paulo, agora no Paraná veio a trabalhar na musicalização infantil atraves de um projeto do governo do estado, o qual conta com uma oficina de Sensibilização Musical, projeto do maestro Walmir Teixeira, sobre o qual afirmou: "Para mim, esta foi a melhor iniciativa no campo da arte dos últimos tempos porque está descobrindo muito talento dentro dessas crianças”. Em 2004 Waltel Branco é eleito Presidente do Fórum de Música do Paraná, engajando-se na defesa da Música Brasileira junto as esferas públicas como Câmara Setorial de Música do Ministério da Cultura e Conferência Nacional de Cultura. Ainda em 2004 é destacado no livro A[des]construção da Música na Cultura Paranaense de Manoel J de Souza Neto o que resulta em série de homenagens ao mestre, que constantemente é chamado para receber comendas, ou proferir palestras, entrevistas e participar de eventos acadêmicos onde divide seus conhecimentos. Além disso, teve um breve relato de sua história contada atraves do já premiado documentário "Descobrindo Waltel",(2005) de Alessandro Gamo, onde ilustres personalidades como Ed Motta, Roberto Menescau e o Maestro Julio Medaglia entre outros, ajudam a contar a vida do mestre. Recentemente o comentarista Luiz Nassif escreveu artigo refereindo-se a Waltel como grande mestre da música brasileira que ainda espera por reconhecimento comparando a história do Mestre Waltel Branco com outra biografia tão extraordinária a dos Índios Tabajaras.
Discografia
Mais de 20 discos lançados até 2006, além dos quais foi arranjador ou participou de alguma maneira de aproximadamente 1000 discos históricos da música brasileira.
Solos
1960 - Recital Violão
1962 - Guitarras em Fogo
1966 - Mancini Também é Samba
1972 - Meu Balanço
197..- Música do século xvi ao xx
1976 - Recital (II)
1990 - Kabiesi
1997 - Naipi
Conjunto
195... - Romanticos de Cuba
1958 - Os Cobras
1963 - Trio Surdina
196... - Copa Cinco
1980 - Violão em Dois Estilos Waltel Branco + Rosinha de valença
Trilhas de Novela
Escrava Isaura
O Bem Amado
Irmãos Coragem
Locomotivas
Pigmalião 70
Selva de Pedra
Biografia
De uma família em que a música fazia parte, iniciou-se nesta arte já muito cedo, por meio da bateria, do violão e posteriormente do cavaquinho e violoncelo, vindo ainda a estudar harpa e órgão. Sua infância e adolecência foi marcada pelo estudoda música e religião alternando entre as cidades de Curitiba e Rio de Janeiro. Seus estudos musicais se consolidaram no período em que esteve no seminário com o chileno Joquín Zamacois. Entre seus mestres da época, nomes como Bento Mussurunga, Padre Penalva, Jorge Koshag, Stanley Wilson e Alceo Bocchino contribuiram para sua formação.
[editar] Inicio da carreira
Em Curitiba formou uma jazz band junto com seu irmão Ismael Branco [basteria] e com a então revelação Gebran Sabag [piano], em 1949 rumou para o Rio de Janeiro e em seguida para Cuba ainda na juventude juntamente com a cantora Lia Ray para ser o arranjador, diretor musical e violonista do conjunto que formaram. Neste país, teve a oportunidade de tocar com Perez Prado, Mongo Santamaria e Chico O’Farrel ajudando a criar a mistura de jazz, música cubana e brasileria que veio a alterar a Salsa e posteriormente influênciar o Jazz-fusion do qual Waltel é considerado um dos precurssores.
Já nos Estados Unidos por volta de 1952/53 integrou o trio do baterista Chico Hamilton, voltando ao Brasil teve importância fundamental na formatação da Bossa Nova morando em uma pensão junto com João Gilberto, com quem desempenhou longa parceria sendo arranjador e amigo desde então. Depois de pequenas passagens pela Europa e Asia Waltel decide estudar música e trilha sonôra, rumando novamente aos Estados Unidos onde teve contato com a música incidental do maestro Instanley Wilston e com o violonista Sal Salvador que por sua vez tocava com Nat King Cole, com quem Waltel veio a formar um trio além de produzir um disco para o irmão Fred Cole e para a filha Natalie Cole. Mais tarde conheceu a cantora Peggy Lee (casada com o maestro Quincy Jones) e sua irmã Lede Saint-Clair Branco com quem veio a se casar. Com a carreira agitada pelo jazz e pela música erudita em meio a grandes nomes acabou por conhecer o maestro Henry Mancini, com quem veio a trabalhar. Ainda com Mancini, participou de uma das mais conhecidas trilhas sonoras, sendo o arranjador da universal "Pantera cor de rosa". Ainda nos Estados Unidos trabalhou e gravou com Franco Rosolino, Charles Mariano, Sam Noto, Dizzy Gillespie, Mel Lewis e Max Bennet.
Foi em 1963, longe de casa, que o maestro veio a se encontrar com o empresário Roberto Marinho que reconhecendo seu talento o chamou para a então jovem Rede Globo onde viria a compor um time selecto de musicos da emissora junto a Radamés Gnatalli, Guerra Peixe e Guido de Moraes.
Voltando ao Brasil
Novamente no Brasil, agora no Rio de Janeiro, gravou os discos "Guitarra em Chamas" 1 e 2 juntamente com o violonista Baden Powell e, tendo contato com a então inovadora bossa nova fez os arranjos de "Chega de Saudade" de João Gilberto, com quem veio a trabalhar por um longo período. Na Rede Globo foi responsável pelas trilhas de inúmeras novelas entre as quais: “Irmãos Coragem”, "Selva de Pedra", “Escalada”, "Vila Sésamo", "Sítio do pica-pau amarelo", “O Bravo”, “A Moreninha”, “O Feijão e o Sonho”, “Vejo a Lua no Céu”, além dos especiais “O Tempo e o Vento”, “Morte e Vida Severina” e “Grande Sertão Veredas”, entre outras.
Do Brasil para o Mundo
Morando na Espanha acabou por vencer um concurso da Rádio Difusora Francesa e veio a estudar violão com Andrés Segovia, um dos maiores violonistas do mundo. Em Roma esteve com Chico Buarque, Elis Regina, João Gilberto e diversos outros músicos brasileiros e estrangeiros. Chegou até mesmo à India, onde lecionou música ao lado de maestros renomados. Em Cuba, o governante Fidel Castro solicitou ao maestro Quem Brower que recuperasse a autenticidade da música cubana, e para tanto, Waltel foi chamado. Viajou boa parte da Europa e, aliás, boa parte do mundo. Música e mais música
O maestro não parou mais de trabalhar, com inumeras trilhas, mais de 5000 composições (ao longo da carreira), incontáveis arranjos e participações, além de espetáculos e shows que até hoje realiza em todo o Brasil e exterior.
Waltel Branco tocou com Dorival Caymmi, Nana Caymmi, João Gilberto, fez arranjos para Roberto Carlos, Cazuza, Tim Maia, Djavan, Cartola, Gal Costa,Maria Creuza, Vanuza, Mercedes Sosa, Astor Piazzola, Zé Keti, Peri Ribeiro, Sérgio Ricardo, Tom Jobim e muitos outros, chegando até a fazer um arranjo do Hino Nacional Brasileiro para a Orquestra de Viena executar. Seria dificil encontrar músico brasileiro (e mesmo estrangeiro) com quem Waltel não tenha trabalhado.
O Maestro
Atualmente, gozando de sua aposentadoria após mais de 20 anos dedicados a Rede Globo, Waltel reside em Curitiba / PR e dedica-se ainda a muitas atividades, não sendo raros seus concertos em teatros de todo o Brasil e eventualmente do exterior. Ainda compondo e fazendo arranjos, o maestro que em 1991 lecionou na Universidade Livre de Música em São Paulo, agora no Paraná veio a trabalhar na musicalização infantil atraves de um projeto do governo do estado, o qual conta com uma oficina de Sensibilização Musical, projeto do maestro Walmir Teixeira, sobre o qual afirmou: "Para mim, esta foi a melhor iniciativa no campo da arte dos últimos tempos porque está descobrindo muito talento dentro dessas crianças”. Em 2004 Waltel Branco é eleito Presidente do Fórum de Música do Paraná, engajando-se na defesa da Música Brasileira junto as esferas públicas como Câmara Setorial de Música do Ministério da Cultura e Conferência Nacional de Cultura. Ainda em 2004 é destacado no livro A[des]construção da Música na Cultura Paranaense de Manoel J de Souza Neto o que resulta em série de homenagens ao mestre, que constantemente é chamado para receber comendas, ou proferir palestras, entrevistas e participar de eventos acadêmicos onde divide seus conhecimentos. Além disso, teve um breve relato de sua história contada atraves do já premiado documentário "Descobrindo Waltel",(2005) de Alessandro Gamo, onde ilustres personalidades como Ed Motta, Roberto Menescau e o Maestro Julio Medaglia entre outros, ajudam a contar a vida do mestre. Recentemente o comentarista Luiz Nassif escreveu artigo refereindo-se a Waltel como grande mestre da música brasileira que ainda espera por reconhecimento comparando a história do Mestre Waltel Branco com outra biografia tão extraordinária a dos Índios Tabajaras.
Discografia
Mais de 20 discos lançados até 2006, além dos quais foi arranjador ou participou de alguma maneira de aproximadamente 1000 discos históricos da música brasileira.
Solos
1960 - Recital Violão
1962 - Guitarras em Fogo
1966 - Mancini Também é Samba
1972 - Meu Balanço
197..- Música do século xvi ao xx
1976 - Recital (II)
1990 - Kabiesi
1997 - Naipi
Conjunto
195... - Romanticos de Cuba
1958 - Os Cobras
1963 - Trio Surdina
196... - Copa Cinco
1980 - Violão em Dois Estilos Waltel Branco + Rosinha de valença
Trilhas de Novela
Escrava Isaura
O Bem Amado
Irmãos Coragem
Locomotivas
Pigmalião 70
Selva de Pedra
Homenagens
2007 - Orquestra a Base de Sopro - Mestre Waltel
2007 - Cláudio Menandro
2007 - Orquestra a Base de Sopro - Mestre Waltel
2007 - Cláudio Menandro
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