sábado, 15 de setembro de 2007

Emiliano Perneta - Poeta

Emiliano Perneta é considerado o maior poeta simbolista paranaense.
Nasceu a 03 de janeiro de 1866, em um sítio, em Pinhais, na zona rural da cidade de Curitiba. O apelido "perneta" vem de seu pai, Francisco David Antunes, que tinha um jeito típico de andar. Depois de completar o ginásio no Instituto Paranaense, o poeta segue para São Paulo, para cursar a Faculdade de Direito. Estava com 19 anos. A "república" onde passou a morar era ponto de encontro da juventude boêmia, famosa pelas extravagâncias, escândalos, audácia e donjuanismo. Nesta época, o quarto do poeta foi apelidado de "Autocracia da Anarquia". Foi então que aderiu aos ideais da abolição e da República, publicando textos políticos e literários. Em meio a estes acontecimentos, Emiliano Perneta perde a mãe. Para ela, Cristina Maria dos Santos, de quem dizia "como era bela e como foram lindos e alegres os seus vinte e poucos anos!", escreveu o seguinte epitáfio, em 1886 : "Aqui debaixo desta fria lousa, Aqui, ó mãe junto do teu, O meu coração repousa, Mudo, gelado, como quem morreu." Continuando nos ideais de liberdade, passa a fazer palestras republicanas, publica artigos políticos e literários, assim como passa a incentivar, em Curitiba, a leitura do escritor Baudelaire, fato marcante para o surgimento do Simbolismo no Brasil. Também fundou várias revistas e colaborou com seus textos para várias outras, além de jornais. Em 15 de novembro de 1889, formou-se em Direito e, escolhido para ser o orador da turma, fez um discurso inflamado em defesa da República, sem saber que ela havia sido proclamada horas antes no Rio de Janeiro. Emiliano Perneta continuou publicando artigos e textos literários em vários periódicos e participando de inúmeras entidades cívicas e intelectuais. Também chegou a ocupar muitos postos em empresas públicas e privadas. Pelo seu dinamismo e obras, foi homenageado por diversos contemporâneos, entre eles, Nestor Victor, Lima Barreto, Andrade Muricy. Tais homenagens aconteceram em vida e também após a sua morte, ocorrida no dia 21 de janeiro de 1921, na Pensão de Otto Kröhne, na Rua XV de Novembro, 84. O Simbolismo no Paraná Quando Emiliano Perneta retornou ao Paraná, encontrou um grupo bastante expressivo de literatos e intelectuais. A Revista Azul, Club Curitibano e, principalmente, O Cenáculo foram as publicações que difundiram os ideais filosóficos, ocultistas, esotéricos e espiritualistas do decadismo e do Simbolismo no Paraná.

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