sábado, 15 de setembro de 2007

Cuca - Alexi Stival - Treinador de futebol

Alexi Stival nasceu em Curitiba, no dia 7 de junho de 1963. Ainda criança, ganhou o apelido que o tornaria famoso nos gramados do futebol mundial. A única reprimenda eficaz contra as suas traquinagens era uma referência a um delegado de polícia que atendia pela alcunha de Cuca e costumava manter a ordem no pacato bairro de Santa Felicidade através de sua fama de feroz. – Olha que o Cuca vai te pegar, diziam os pais ao pequeno Alexi. A advertência fazia a diversão da família e logo virou o apelido do garoto que temia o delegado. Cuca trabalhou desde cedo nas mais diversas atividades, tanto para ajudar a família, quanto por característica de sua personalidade. Já naquele tempo não era de ficar quieto, comportamento que se refletiu mais tarde nos campos de futebol. Aos 21 anos, o meia voluntarioso chamou a atenção no campeonato gaúcho de 1984, atuando pelo Santa Cruz. Dali foi para duas temporadas no Juventude e em 1987 trocou o Alfredo Jaconi pelo estádio Olímpico. No Grêmio, Cuca viveu sua melhor fase como jogador. Foi campeão gaúcho de 1987 a 1990, conquistando ainda neste período a Copa Brasil de 1989, quando marcou o gol decisivo na finalíssima contra o Sport. Foi também no Grêmio que Cuca foi treinado por Luiz Felipe Scolari, influência decisiva na sua carreira como treinador. Data dessa época uma das histórias mais folclóricas de Cuca. Ídolo gremista, ele ensinou o seu papagaio Garibaldo a cantar os versos iniciais do hino composto por Lupicínio Rodrigues. Várias vezes os torcedores do Grêmio ouviram o famoso “até a pé nos iremos” nas rádios do Rio Grande do Sul, entoado por Garibaldo... As boas atuações com a camisa tricolor valeram a Cuca uma temporada no futebol espanhol (1990/91), de onde voltou para ser conquistar o seu quinto título gaúcho, em 1991, pelo Internacional. Ainda em 1991, Cuca foi convocado pelo técnico Falcão e jogou sua única partida pela seleção brasileira, no empate de 1x1 contra o Paraguai. Em 1992, Cuca foi uma das estrelas da parceria entre o Palmeiras e a Parmalat, levando o time ao vice-campeonato paulista, perdendo a final para o São Paulo. Neste mesmo ano, Cuca voltou a vestir a camisa do Grêmio e ajudou o time gaúcho a voltar à primeira divisão do campeonato nacional, rebaixado que havia sido no ano anterior. Cuca ainda jogou no Santos, em 1993, quando vestiu a camisa dez de Pelé. Encerrou a carreira jogando na Portuguesa (1994), no Juventude (1995) e na Chapecoense (1996). Sua carreira de treinador iniciou em 1998, frente ao Uberlândia. No ano seguinte treinou o Brasil de Pelotas e o Avaí. A boa passagem pelo time catarinense o levou à Internacional de Limeira, em 2000. Cuca voltou ao futebol catarinense treinando o Internacional de Lages em 2001. Neste mesmo ano, treinou o Remo e fez excelente campanha na Série B do campeonato brasileiro, saindo do time paraense para assumir o Criciúma e evitar o rebaixamento do Tigre à Série C. No ano seguinte Cuca treinou o time do Gama. A temporada de 2003 foi marcante para a carreira de Cuca como treinador. Foi a sua estréia na Série A do campeonato brasileiro, dirigindo o time do Paraná Clube. Já na estréia, uma grande pedreira. O adversário seria o Santos de Diego e Robinho, então campeão nacional, em plena Vila Belmiro. Porém, para surpresa geral, o Paraná abriu 2x0 e chegou a ter oportunidade de fazer mais gols. O Santos acabou empatando o jogo, mas chamou a atenção de todos o time bem armado do tricolor paranaense. Era o trabalho do treinador Cuca começando a ser reconhecido. Neste mesmo campeonato, Cuca deixou o Paraná em posição privilegiada e assumiu o lanterna Goiás. Levou alguns jogos para conseguir imprimir a sua filosofia de garra e aplicação tática, mas acabou conduzindo o Goiás a uma reação espetacular, que deixou o time em uma boa colocação final, além de ser a melhor equipe do segundo turno. O reconhecimento veio em 2004, quando Cuca assumiu o São Paulo com a missão de conquistar a Libertadores. A classificação para a final que escapou no último lance do jogo contra o Once Caldas, em Manizales, não impediu que se reconhecesse o belo trabalho realizado. Ainda em 2004, Cuca teve uma breve passagem pelo Grêmio. Em 2005, Cuca assumiu o Flamengo em meio ao campeonato estadual. Resolveu a crise que estava instalada na Gávea desde o ano anterior e levou o time à final da Taça Rio contra o Fluminense. Saiu do Flamengo surpreendendo a todos, que apostavam na continuidade do trabalho no campeonato brasileiro. Melhor para o Coritiba, que tendo Cuca como técnico vem realizando uma boa campanha no campeonato nacional. Na reta final do campeonato brasileiro de 2005, Cuca foi contratado pelo São Caetano com a missão de tirar o Azulão da zona de rebaixamento e garantir a permanência do clube na primeiro divisão em 2006. O desafio incluía uma partida contra o líder e futuro campeão Corinthians, que entrou no gramado do estádio Anacleto Campanella como franco favorito e com a Fiel cantando sem parar. Porém, o esquema armado por Cuca e a raça dos jogadores do time do ABC surpreenderam o Timão, que foi derrotado por 1x0. Assim, com raça e aplicação tática, a missão que foi confiada ao novo treinador foi cumprida com êxito, e o São Caetano confirmou a sua vaga na elite do futebol brasileiro em 2006.

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