Renata Costa, de 20 anos, tem uma história diferente no futebol feminino. Ao contrário da maioria das jogadoras da atual seleção brasileira, que precisou brigar com a família para seguir com a carreira e se profissionalizar, a líbero sempre teve o apoio do pai para jogar.
O pai de Renata era treinador de uma escolinha em Assai, cidade com cerca de 20 mil pessoas, perto de Londrina, no interior do Paraná. Ela jogava junto com os meninos. Aos 13 anos, saiu de casa para treinar em um clube em outra cidade, onde começou a desenvolver os fundamentos do futebol. Mas sempre com o apoio da família.- Minha família foi muito importante. Eles sempre me apoiaram. Isso é difícil de acontecer. Aqui na seleção a maioria teve que fugir de casa para continuar jogando bola. Após o lindo gol contra a Nova Zelândia na estréia da Copa do Mundo de Futebol Feminino, nesta quarta-feira, em Wuhan, na China, Renata Costa descobriu que Assai está em festa. A cidade comemorou o golaço de sua cidadã mais famosa. Um chute de muito longe, que foi no ângulo da goleira. - Realizei o sonho do meu pai. Ele sabe que eu chuto forte e queria me ver fazer um gol de falta. Nem precisou ser assim. Foi com a bola rolando mesmo - disse Renata Costa, sem esconder o sorriso no rosto. - Falei com a minha família e eles estão muito felizes por causa do gol. A cidade toda está em festa. Renata é uma personalidade em Assai. Após a medalha de ouro no Pan-Americano, ela foi recebida pelo prefeito da cidade, ganhou uma placa de homenagem e desfilou em um carro do Corpo de Bombeiros. Além disso, um projeto de lei foi encaminhado à Câmara Municipal, que denomina o complexo esportivo que está sendo construído na cidade de "Complexo Esportivo Renata Aparecida Costa". E tudo isso com apenas 20 anos. Apesar de também ser volante, a atleta atua na seleção brasileira como líbero no esquema de três zagueiros, ao lado de Aline e Tânia. Por isso, aparece raramente no ataque.
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